Assassino da dor

É incrível como não consigo odiá-lo
Mesmo depois de ter dilacerado meu coração,
Mesmo depois de ter me dito tantas coisas que ainda tento apagar de minha memória.

Não sei por quê mas meu coração continua amando-o com cada pedaço que lhe restou...
Não, eu realmente não entendo!
Não consigo absorver a idéia de que ainda te amo intensamente,
Como se nada tivesse acontecido e minha alma estivesse ali, intacta
Mas não está! E talvez depois que o conheci, nunca esteve.
Meu amor, pobre, inocente e doce
Seu amor, cruel, maléfico e amargo
Tornou-me insana, gélida e friamente bruta
Está contente com seu plano diabólico posto em prática e funcionando perfeitamente bem?
Não vês que já estou rumo à profunda tristeza?
Não percebes que já estou em meu estado final de agonia?
Não. Você não vê, não percebe
Porque nunca parou e olhou no fundo de meus olhos,
Nem sequer se preocupou em saber se eu estava ali ou se já tinha ido embora..
Nunca parou para se perguntar o por quê de tudo aquilo,
Nem mesmo a causa de tanta dor e lágrimas inúteis.
Você nunca se perguntou, porque mesmo que eu respondesse
Mesmo que gritasse, você nunca daria ouvido a uma pobre infeliz...
E essa dor, inquietante e que me angustia.. vai se alastrando, tomando conta de minhas vísceras
Possuindo-me e fazendo de mim sua condenada eterna
Eternamente confinada
E cruelmente assassinada, pelo carrasco da dor

Este, que chamo AMOR!!!