As lágrimas já nem rolam mais..
elas regurgitam minha face
como se meu rosto fosse um abismo negro e profundo
um semblante triste, porém uma expressão longínqua e indiferente
Um corpo pálido, à mercê da morte
ou do sofrimento puro até alcançá-la como troféu.
A ferida já nem lateja mais..
O sangue que outrora escorria
Agora renega minha pele e congela em minhas veias
Onde um corte profundo não alcançaria
E um reles arranhão provocaria dor.
O buraco em mim causado
Agora já costurado, não me preocupa mais
Porém não deixou marcas
Pois não houve cicatrização
E a qualquer tentativa de tocar no passado
Ele se abrirá novamente e arrastará tudo o que construí até o presente momento...
As lamentações se perderam no vácuo da minha dor
E estão por ai.. ecoando com o vento
Dentro de mim mesma
Devorando minha alma e dilacerando qualquer sinal de esperança que soa em meu coração...
O amor, antes meu carrasco e um dos maiores espinhos que me rasgavam por dentro
Agora é meu principal motivo, de me erguer diante de tanto sofrimento
Que ele próprio causou,
E continuar a caminhar, nessa longa estrada que chamamos de vida.
Felicidade?
Estou perto de alcançar a minha...
~ Laura Ribeiro
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