"Minha mente está cheia e eu estou transbordando" [Ira!]
"Acho que mais me imagino do que sou, ou o que sou não cabe no que consigo ser." [Ferreira Gullar]
"Quem fala em flor não diz tudo. Quem fala em dor diz demais. O poeta se torna mudo sem as palavras reais." [Ferreira Gullar]


- Não importa se é sem sentido, não importa se é sem significado. O importante é que escrevo e assim alivio. Seja bem-vindo ao meu mundo e voe por meus versos! Dê os devidos créditos e assim terá um mundo inteiro de palavras onde viver. Esse é meu mundo e se quiser fazer parte dele é só me seguir...

2 de março de 2013

Nua

Adeus. Não quero mais te ver. Não quero mais ser prisioneira dos teus olhos, ficar à mercê do teu jogo que eu não sei jogar e acabo perdendo feio. Não quero mais ficar junto do seus braços achando que não existe coisa melhor e depois ver a porta se fechar e, sentir o vazio que teu rastro deixou na minha cama. Não quero mais ver meus lençois desarrumados e dormir sozinha tentando acreditar que foi apenas um sonho, que minha cama só está assim porque não a arrumei de manhã. Não quero mais alagar meus olhos quando sua ausência me ferir o orgulho, me fazendo pensar que não sou nada a seu ver além de uma simples amante, um alguém que cure a sua carência e sacie seu prazer.
Mas então me vejo aqui novamente, de frente para esses seus lindos olhos e me prendo no curto espaço de tempo em que sorri e me beija. E vou ao céu. A porta bate, e de novo o rastro do seu corpo nos lençois. Meu corpo violado, impregnado com teu cheiro, ainda com a sensação dos teus lábios, língua, dedos... Nua, despida, descoberta... Ferida. Por mim mesma. Por meu orgulho que sempre some quando você surge. Por essa minha vontade de correr para os teus braços toda vez que eles se abrem - mas que permanecem cruzados se sou eu quem os procuro.
Por quê? Por que faz isso? Esse teu jogo te diverte tanto assim? Queria poder cumprir aquela minha velha promessa de que "se você aparecer vou me manter inerte ao teu encanto, cega ao teu sorriso e invisível ao teu olhar". Queria... entender que não sei jogar teu jogo, porque quando acho que aprendi, você vem mudando as regras e bagunça tudo o que organizei em mim.
E então a porta se fecha, seus beijos se vão junto com minha sanidade e observo da janela até que desapareça de vista. Nua, descoberta, despida. Só.

Laura Ribeiro
- até que eu aprenda a dizer adeus de verdade e a trancar a porta quando ela se fechar. Sem mesmo permitir que você entre.

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