E aí você chega a conclusão de que aquilo que é seu, simplesmente é e ninguém pode lhe tirar o sorriso do rosto... que dirá um sentimento da alma.
Você percebe que quem se vai deixa mensagens; quem passa não deixa nada, leva até a própria sombra; mas quem fica deixa parte ou tudo de si.
Você vê que flores em vasos murcham e que trabalhar num jardim vale muito mais a pena...
E então você percebe que viver é difícil, muitas vezes doloroso e cansativo, mas como ver o pôr-do-sol detrás da montanha se não escalá-la?
"Minha mente está cheia e eu estou transbordando" [Ira!]
"Acho que mais me imagino do que sou, ou o que sou não cabe no que consigo ser." [Ferreira Gullar]
"Quem fala em flor não diz tudo. Quem fala em dor diz demais. O poeta se torna mudo sem as palavras reais." [Ferreira Gullar]
- Não importa se é sem sentido, não importa se é sem significado. O importante é que escrevo e assim alivio. Seja bem-vindo ao meu mundo e voe por meus versos! Dê os devidos créditos e assim terá um mundo inteiro de palavras onde viver. Esse é meu mundo e se quiser fazer parte dele é só me seguir...
28 de janeiro de 2012
27 de janeiro de 2012
O Coração da Fênix IV
Ainda desnorteada, sai andando sem rumo na noite
escura... Mas acontece que eu andava, andava e sempre voltava ao centro! Estava
perdida.
Então ouvi um choro, e decidi
segui-lo. Acabei encontrando uma garotinha, de pele branca e cabelos negros, sentada
numa árvore caída. Ela estava vestida de branco e como estava de costas pra
mim, resolvi falar-lhe já que estava muito escuro e tarde para que uma criança
estivesse na floresta sozinha.
Perguntei-la:
- Olá, o que uma pequena garotinha como você faz
nessa floresta escura, tarde da noite?
A garota virou a cabeça, e eu acabei levando um
susto, ela tinha um aspecto tenebroso, seus olhos eram dois buracos negros e seu
rosto estava todo dilacerado, costurado como o de uma boneca de filmes de
terror. Ela parecia me olhar e me disse com uma voz doce e aguda:
- Eu vim te matar...
Assustada, eu não tive reação e comecei a rir,
dizendo que era brincadeira e uma alucinação tudo aquilo, mas os olhos da
garota logo se acenderam em chamas e sua voz alterada me disse:
-
Não
zombe de mim!
Logo
percebi que realmente era verdade, mas então curiosa perguntei:
-
Mas
por que você quer me matar? Qual o seu nome? Quem é você?
E ela
me disse:
-
Eu sou aquela que vive na noite, em busca de um corpo para alojar sua
alma. Eu sou aquela que teme a vida mas não a morte, eu sou aquela que é
destinada a ser a rainha dos condenados a pagar por seus pecados, mas morri
muito cedo.. Por minhas próprias mãos, ao saber dessa minha triste sina.. E pra
me livrar dela eu tenho que matar, aquele cujo coração bate no ritmo da
lapidação do diamante negro... Essa é a sina que carrego... Sou um anjo negro à
procura da salvação.. Prazer, meu nome é Lisi.
Então,
assustada eu juntei tudo...
A
Fênix apenas queria me proteger, proteger a única pessoa capaz de vencer a
maldição daquela cidade, aquela cujo poder destruiria o causador de tantos
desastres, mas uma coisa não estava certa, Lisi não era aquela pessoa. Ela apenas
queria a sua libertação, e não ser a rainha dos condenados...
Então
mais uma vez perguntei-a:
-
Sei
que não é você que destruirá todo o mundo, e a quem devo derrotar, mas então
quem é? Quem abriu aquela fenda no Carvalho? Quem? Responda-me!?!
A
garota então, apagou as chamas dos olhos e pareceu assustada, quando perguntei
sobre o Carvalho.. Então ela simplesmente disse-me:
-
Fuja!
Fuja enquanto pode! Ele é forte demais, ele toma conta de mim.. Fuja! Fuja!
Saia daqui. Não entre no Carvalho ou ele te possuirá também! Fuja LILITH!
Eu
fiquei sem reação quando ela disse que meu nome era LILITH.. Como ela sabia? Na
verdade, todos me chamavam de Lily, já que eu nunca gostei do meu nome...
Então, agora entendia, a garotinha, na verdade não se chamava Lisi, e sim,
Lilith (a população religiosa havia mudado seu nome para não pronunciar uma
adoração à esposa de Lúcifer), quem quer que fosse, confundiu-a comigo! Mas
porque teria possuído-a? Por que a teria feito pular da janela? Será que a alma
dela não descansaria enquanto eu não me salvasse?
Todas
aquelas perguntas me assustavam, e a pequena garotinha ficou lá parada com uma
expressão de desespero. E tentando acalma-la disse:
-
Calma!
Eu não tenho medo de morrer... Qualquer que seja a maneira.
-
Não!
Você não entende! Não é ele que te mata, mas ele te possui, e faz com que você
faça o que ele quer. Eu sei disso porque eu matei meus pais, e eu me joguei da
janela, quando percebi, estava na frente dele, e ele disse que não era a mim
que queria. E que se eu quisesse me salvar, teria que encontrar a Fênix em
corpo de mulher. Aquela cujo coração é a chave de todos os mistérios. E eu
teria que matar a sua alma e entrar em teu corpo, levando-te aos aposentos do
meu...mestre.
Ao
terminar de me dizer isto, ela simplesmente desapareceu.
E eu
continuei sem entender o que se passava. Pareceu-me que dias se passaram e eu ainda
naquela floresta, vagando sem rumo, o frio já congelava minha face, e eu ouvia
vozes que gritavam por meu nome mas a minha voz não saía, eu gritava mas o som
permanecia calado. Por que tudo tinha de acontecer comigo? Tudo bem que minha
vida nunca fora das mais normais. Entretanto não precisava ser tão
exageradamente estranha assim! Tudo começava a se encaixar ao mesmo tempo em
que eu me sentia mais perdida, sozinha e desamparada em toda esta história. E
agora, o que poderia fazer? Na negra floresta, cercada de demônios, fantasmas,
perturbações místicas e minha própria mente me dizendo que não poderia
acreditar em tudo aquilo, que seria apenas um sonho.
E se
for realmente um sonho, acho que já passou da hora de acordar...
Depois de um tempão prometendo postar a continuação do conto, enfim o post!
Comentários são bem-vindos!
26 de janeiro de 2012
Ajude a Lessie!
Olá meus queridos!
Hoje vim aqui não para postar um texto, vídeo ou qualquer outra coisa. Vim para postar um apelo a vocês...
Estou cursando Medicina Veterinária na UFRRJ e na minha turma algumas colegas montaram um grupo de auxílio aos animais doentes. Elas recolhem esses animais das ruas, prestam auxílio médico no hospital da universidade (que é pago) e a conta é quitada através de docinhos que elas vendem a cerca de R$0,50 e R$1,00. Pois bem, no período de férias o grupo Docinho Solidário não vende docinhos, mas continua fazendo seu trabalho, e o paciente da vez é a Lessie, uma cachorrinha que teve um tumor e precisou passar por uma cirurgia nesta última quarta-feira (25/01/12). Acontece que como não estão vendendo docinhos a dívida ainda está no hospital e elas pedem depósitos bancários em qualquer quantia para ajudar a Lessie. Estou aqui divulgando para o caso de alguma boa alma se comover com a história da Lessie e ajudá-la. Bem, o link para que conheçam melhor este trabalho é Docinho Solidário...
Obrigada!
13 de janeiro de 2012
Amor, deserto e tempestade...
Hoje é a primeira postagem do ano! Não preparei nada em especial... Nenhum texto grandioso, nenhum poema trabalhado cuidadosamente, apenas a esperança de que sonhos se realizem, e que eu tenha força e coragem suficientes para torná-los assim.
Hoje deixo um texto que saiu tão naturalmente de mim, que fiz o favor de não alterar uma palavra sequer... Apresento-lhes: Amor, deserto e tempestade.
Hoje deixo um texto que saiu tão naturalmente de mim, que fiz o favor de não alterar uma palavra sequer... Apresento-lhes: Amor, deserto e tempestade.
Às vezes fico pensando: o que faz um amor se apagar?
Por que um sentimento parece simplesmente deixar de
existir de um dia pro outro como se nunca houvesse existido? Como uma
tempestade de areia que apenas passa devastando tudo pela frente, mas tudo
volta a ser apenas areia, vento, céu e solidão. Vazio... Nada.
É assim que vejo a tempestade devastadora de uma
paixão. Dizem que paixão e amor são duas coisas totalmente distintas, e até
penso ser assim, mas quando se trata de sentimentos, não pensamos em detalhes e
culpamos o amor.
Então talvez um amor não vire simplesmente poeira
assim, talvez. Será que ele vai se desvanecendo aos pouquinhos, pedaço por
pedaço, assim como a morte de uma grande árvore? Começa pelas folhas aparentemente,
é quando a beleza do sentimento que antes havia, passa a não mais existir... E
aí a árvore totalmente seca apenas com seus galhos longos e retorcidos vai se
deixando levar, até que numa tempestade é levada pelo vento. Tomba no chão. E é
o fim. Isso poderia explicar o fato de muitas vezes as lembranças nos
atormentarem e demorarmos para chegar ao esquecimento, pois a chuva pode ter
levado apenas parte da árvore. Algumas vezes as raízes podem persistir. E
ficamos na esperança dela crescer totalmente, mas é como se parasitas atacassem
as raízes também, então, nada nos resta. É hora de arrancar tudo, e tentar
recuperar o solo. A madeira caída não serve para mais nada além de virar pó...
Deserto.
Amor, deserto e tempestade. Três coisas tão
distintas, mas que para mim possuem ligações tão metafóricas quanto reais.
Às vezes penso que poderíamos planejar quando nos
apaixonaríamos, contudo essa coisa de amor, questionamentos, dúvidas e
arrependimentos não teria a menor graça... E se fosse assim, não existiria tudo
isso escrito aqui. Não é mesmo?
Marcadores:
amor,
deserto,
fim de um amor,
mistério,
Morte,
paixão,
storm,
tempestado,
vida
Assinar:
Postagens (Atom)