"Minha mente está cheia e eu estou transbordando" [Ira!]
"Acho que mais me imagino do que sou, ou o que sou não cabe no que consigo ser." [Ferreira Gullar]
"Quem fala em flor não diz tudo. Quem fala em dor diz demais. O poeta se torna mudo sem as palavras reais." [Ferreira Gullar]
- Não importa se é sem sentido, não importa se é sem significado. O importante é que escrevo e assim alivio. Seja bem-vindo ao meu mundo e voe por meus versos! Dê os devidos créditos e assim terá um mundo inteiro de palavras onde viver. Esse é meu mundo e se quiser fazer parte dele é só me seguir...
23 de setembro de 2013
Você me bagunça
2 de junho de 2013
No breve instante - por Hugo Bessa
Ah, que contraste me é essa saudade... Essa ausência que me denota,
Que frigido me é o pensar... Tuas infindas mechas vermelhas.
Ah Laura, as vezes me ponho desmantelar-me de mim...
Imaginando quão seria teus olhos os mesmo de Capitu,
Recorro as imagens estáticas de ti e uma voz imaginada de quando lê e se escreve em subjetividade.
Ah Laura, por vezes desmembro-me do fatídico instante e tento em alento achar-te em versos.
Faço-me bobo a te contar que sinto tua falta intermitentemente...
Ora, nesta distância destilei em minha mente por vezes o universo que carrega em teus olhos,
Imaginando bobamente com quais palavras te desejaria uma bela noite...
Nossa alma, que desfalece em silêncio sobre os papeis que criamos, necessita das noites de vida, em que o tempo confunde-nos... E somos nossos sonhos breves... Nossos versos trepides.
Ah Laura, deste “resto” que te é o mundo... Guardo-te exatamente o que anseia mostrar...
Guardo-te como és em teus contos... No breve segundo que imagino teus olhos pairarem infindos...
No instantâneo lapso de uma Lagrima de Anjo, que suave tocou-me o rosto e se desfez de novo aos céus...
Ah Laura, és em si, de fato um Anjo... Com asas e coração humanos.
Hugo Bessa
- obrigada meu bem! Adorei o presente. :)
29 de maio de 2013
Só por ser breve
O breve momento entre o olhar e o beijo. O breve espaço entre teu abraço e o encaixe feito pra ele na minha cintura. Teu beijo na minha nuca e teu gosto na minha boca. O breve instante entre descer do trem e correr pro teu colo. Ah, a longa distância entre meu sonho e a tua existência, assim tão irreal. Como uma fantasia você me surge, novamente, só pra mim. Personifica-se em personagens reais, iguais a ti em minha mente. E eu não resisto e insisto em me entregar, me deixo levar e me jogo nessa utopia. E me perco no momento em que te encontro, daí me acho novamente envolta nos teus braços com você dizendo que não vai me largar tão cedo. O breve instante entre o minuto doce em que sonho e o vazio que encontro ao abrir os olhos...
...to be continued
31 de março de 2013
Ah cara... você foi um babaca
22 de março de 2013
É você e só você
Eu odeio cigarro. Odeio porque tenho bronquite, odeio porque cheira mal e porque as pessoas têm aquela péssima mania de jogar as pontas amassadas no chão.
Odeio que você fume também. Mas adoro teu beijo com gosto de Dunhill. Só porque é você. E só porque é o teu beijo.
Gosto também de quando você me beija na testa e depois dá aquele sorriso lindo. Gosto quando você fala do meu sorriso e me chama de "ruivinha linda" - e mais ainda quando você coloca o "minha" antes disso. Gosto quando a gente fica na varanda conversando e combinando fazer várias coisas. Que não acontecerão - pelo menos 'nós' e 'juntos'.
Gosto de dormir nos teus braços e acordar no meio da noite ao mudar de posição e você me puxar de volta. Gosto de acordar e ver seus olhos-esmeralda me dando um bom dia que palavra nenhuma consegue fazer com que eu me sinta tão bem.
Mas cansei do seu jogo. Cansei de esperar os sms's que só existem na minha cabeça. Cansei dessa coisa de você sumir e aparecer toda hora e eu ficar assim, sem saber o que fazer. Cansei de tentar acreditar que é só diversão, sexo e nada mais - sem sucesso. Não com você. Pelo menos não deveria ser.
Decidi sumir também. Mas é que dá medo de nunca poder ver as estrelas do teu lado enquanto você viaja com canabis e eu viajo em você. Só que também não quero te ver de novo porque você me desestabiliza e eu descobri borboletas no estômago da última vez. Fazia tempo que elas não apareciam e eu me assustei.
Eu odeio cigarro. Mas ontem quase peguei de alguém só pra ver se tem teu gosto, mesmo sabendo que não é o cigarro, não é saliva, um trago ou dois. É você. E só você.
2 de março de 2013
Nua
Adeus. Não quero mais te ver. Não quero mais ser prisioneira dos teus olhos, ficar à mercê do teu jogo que eu não sei jogar e acabo perdendo feio. Não quero mais ficar junto do seus braços achando que não existe coisa melhor e depois ver a porta se fechar e, sentir o vazio que teu rastro deixou na minha cama. Não quero mais ver meus lençois desarrumados e dormir sozinha tentando acreditar que foi apenas um sonho, que minha cama só está assim porque não a arrumei de manhã. Não quero mais alagar meus olhos quando sua ausência me ferir o orgulho, me fazendo pensar que não sou nada a seu ver além de uma simples amante, um alguém que cure a sua carência e sacie seu prazer.
Mas então me vejo aqui novamente, de frente para esses seus lindos olhos e me prendo no curto espaço de tempo em que sorri e me beija. E vou ao céu. A porta bate, e de novo o rastro do seu corpo nos lençois. Meu corpo violado, impregnado com teu cheiro, ainda com a sensação dos teus lábios, língua, dedos... Nua, despida, descoberta... Ferida. Por mim mesma. Por meu orgulho que sempre some quando você surge. Por essa minha vontade de correr para os teus braços toda vez que eles se abrem - mas que permanecem cruzados se sou eu quem os procuro.
Por quê? Por que faz isso? Esse teu jogo te diverte tanto assim? Queria poder cumprir aquela minha velha promessa de que "se você aparecer vou me manter inerte ao teu encanto, cega ao teu sorriso e invisível ao teu olhar". Queria... entender que não sei jogar teu jogo, porque quando acho que aprendi, você vem mudando as regras e bagunça tudo o que organizei em mim.
E então a porta se fecha, seus beijos se vão junto com minha sanidade e observo da janela até que desapareça de vista. Nua, descoberta, despida. Só.
Laura Ribeiro
- até que eu aprenda a dizer adeus de verdade e a trancar a porta quando ela se fechar. Sem mesmo permitir que você entre.