Ah, que contraste me é essa saudade... Essa ausência que me denota,
Que frigido me é o pensar... Tuas infindas mechas vermelhas.
Ah Laura, as vezes me ponho desmantelar-me de mim...
Imaginando quão seria teus olhos os mesmo de Capitu,
Recorro as imagens estáticas de ti e uma voz imaginada de quando lê e se escreve em subjetividade.
Ah Laura, por vezes desmembro-me do fatídico instante e tento em alento achar-te em versos.
Faço-me bobo a te contar que sinto tua falta intermitentemente...
Ora, nesta distância destilei em minha mente por vezes o universo que carrega em teus olhos,
Imaginando bobamente com quais palavras te desejaria uma bela noite...
Nossa alma, que desfalece em silêncio sobre os papeis que criamos, necessita das noites de vida, em que o tempo confunde-nos... E somos nossos sonhos breves... Nossos versos trepides.
Ah Laura, deste “resto” que te é o mundo... Guardo-te exatamente o que anseia mostrar...
Guardo-te como és em teus contos... No breve segundo que imagino teus olhos pairarem infindos...
No instantâneo lapso de uma Lagrima de Anjo, que suave tocou-me o rosto e se desfez de novo aos céus...
Ah Laura, és em si, de fato um Anjo... Com asas e coração humanos.
Hugo Bessa
- obrigada meu bem! Adorei o presente. :)