"Minha mente está cheia e eu estou transbordando" [Ira!]
"Acho que mais me imagino do que sou, ou o que sou não cabe no que consigo ser." [Ferreira Gullar]
"Quem fala em flor não diz tudo. Quem fala em dor diz demais. O poeta se torna mudo sem as palavras reais." [Ferreira Gullar]


- Não importa se é sem sentido, não importa se é sem significado. O importante é que escrevo e assim alivio. Seja bem-vindo ao meu mundo e voe por meus versos! Dê os devidos créditos e assim terá um mundo inteiro de palavras onde viver. Esse é meu mundo e se quiser fazer parte dele é só me seguir...

26 de dezembro de 2011

Phantom of the opera

" A partir de agora não tem mais volta, não deve mais olhar para trás... As nossas brincadeiras de faz-de-conta, agora terminaram. "

Hoje minha tarde tediosa e tristonha teve uma pitada de emoção ao assistir esse filme novamente. É uma obra de arte! O filme mais lindo que já vi em toda minha vida. O romance mais lindo... Tudo bem que O morro dos ventos uivantes tambem me encanta, mas como livro. No quesito filme já visto, O fantasma da ópera predomina. Recomendo. É belíssimo... Fruto de muita inspiração para mim.
É tão intrigante um amor como este, embalado pelas mais belas canções. Desculpem-me, as palavras me faltaram agora.

"Abandone todos os pensamentos, e deixe o sonho entrar"

" The phantom of the opera is here, inside my mind...♪ "

23 de dezembro de 2011

Entre moscas e carvalhos...

Há pessoas que entram em nossas vidas ao acaso e bagunçam tudo o que demorou pra ser restabelecido, deixando marcas um tanto dolorosas quando decidem ir embora de maneira egoísta; Há pessoas que vêm, ficam um tempo e acabam indo por simplesmente não terem razões para ficar; Há pessoas que vem para somar e não acrescentam nada ou aquelas que só aparecem quando lhes convêm. Só que há aquelas que fazem a diferença e acima de tudo, marcam seu espaço e não se permitem partir... São como grandes carvalhos que demoram para crescer mas fincam suas raízes tão firmes no solo que nunca vão embora de verdade, ao contrário das outras que são como moscas que só deixam larvas e podridão. Neste ano aprendi a enxergar e a cuidar de meus carvalhos. Aprendi a limpar meu solo para que moscas não pousem.

Há sempre uma pessoa que entra na nossa vida sem razão nem porquê, parece até que não ficará por muito tempo, mas também não parece ser como uma mosca. Talvez esteja preparando o solo pra fincar suas raízes... Enquanto diz ser temporário. Só que nem a gente nem ela sabe o quanto se tornará importante. E essa nova relação pode ser de amizade eterna, de companheirismo e de amor. 

Há pessoas que marcam nossas vidas e de um jeito ou de outro, carvalho ou moscas, ficando ou partindo, elas ficam na memória um certo tempo até que o esquecimento chegue. E ele pode ser assim que ela se vai, ou quando nos obrigamos a deixá-la ir. Ou então, ele simplesmente não vem. 
E sinceramente, desejo que ele não venha agora tirar-me as boas memórias, mas que leve as larvas consigo.

Laura Ribeiro,
algumas extensões de pensamentos para o facebook :)
Ah, inspiração... Como é bom tê-la de novo à porta, à ponta destes meus dedos e novamente fincada em meus olhos, ouvidos, alma e coração. Saia de minha boca mas retorne aos meus lábios sempre. Doce amiga&companheira.

Boas festas...

Boas festas a todos! 
É o que desejo hoje a todos os meus leitores, a todos que já passaram ou ainda passarão por aqui...
É o que desejo a todas as pessoas de bem nesse mundo. E que as que não são possam se tornar algum dia, nesta ou em outras vidas.
Que no próximo ano possamos dar passos maiores ainda, que consigamos alcançar nossos objetivos e colocar em prática o que foi deixado pra trás. Que ideias sejam renovadas, amores correspondidos, amizades eternizadas, perdas conformadas e sorrisos distribuídos... Que abraços sejam sinceros, palavras não mais machuquem, verdades sejam mostradas e que crianças sejam ouvidas. 

Obrigada meus queridos por sempre estarem por aqui... Tentarei ser mais presente e continuar o conto O coração da fênix. Nestas férias aproveitarei meu tempo livre para ler bastante e me inspirar em novos textos, talvez até consiga terminar o conto e prosseguir com um outro projeto que já tenho iniciado... Meu "Um conto ainda sem título" o qual só mostrarei aqui quando tiver uma boa parte escrita e pedirei opiniões claro! 
Obrigada meus anjos por me acompanharem em mais um ano...
E me desculpem por não poder retribuir comentários e até visitas em seus recantos... Tentarei agora ser presente em tudo. 

Abraços&beijos,
Laura Ribeiro.

18 de dezembro de 2011

We Are The Fallen - Bury Me Alive



Ainda me espanto com a semelhança dessa vocalista com a Amy Lee... Lembrando que essa banda foi formada por ex-integrantes do Evanescence... Será um desafio?
Tirando isso, eu gostei. Originalidade, música boa e clipe criativo (não o final). Parece sim com o Evanescence, mas não com o novo Evanescence. Então... Ambas as bandas são boas, ao menos na minha opinião.

10 de dezembro de 2011

Hoje é dia de Clarice

Hoje é dia de Clarice Lispector... A escritora enigmática que escrevia a alma, as estrelas, a dança, a bailarina, a menina, a flor, o homem, o cigarro... A escritora que compunha os versos sobre as mais diferentes formas de falar sobre si mesma. Hoje completaria 91 anos a grande estrela da literatura. 
E por que adoro a grande Lispector? Porque ela era grande em sua pequenez, em sua grandeza podia ser humilde e transparecer maravilhosa no que escrevia sem parecer patética ou orgulhosa. Mesmo que dissesse ter seu orgulho, claro todos têm. Só que com ela era diferente. Era um orgulho de dizer sobre si mesma sem ofender a ninguém. E ao mesmo tempo em que se confessava, permanecia no mistério de seu ser. Identifico-me com Lispector pelos seus segredos, mistérios, amores, escritos... Muito de mim é influenciado pelo que foi dela. A escritora que ao descobrir o amor sofreu, e com ele aprendeu a crescer e se tornou quem de fato era, Clarice Lispector.
 “[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais."

Aquela que era simplesmente um enigma:
“Sou tão misteriosa que não me entendo.”

A menina sonhadora e ao mesmo tempo realista... Mas que adorava se aventurar no mundo dos sonhos e das palavras..

"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
-E daí? Eu adoro voar"


"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada."

E a alma poetisa que não se achava intelectual, mas que para mim, era uma das mentes mais brilhantes com as quais me deparei em minhas leituras. E se pudesse neste dia dizer algo à ela, diria que minhas palavras mesmo tendo um quê das suas, nunca conseguiriam expressar em uma frase toda uma vida como ela sempre fez muito bem. Inspiro-me em Lispector, mas nunca tive a pretensão de me assemelhar à ela. Clarice é única, inigualável, incomparável e insuperável! Minha adoração é tanta que na tentativa de lhe dizer o quanto admiro, me perco nas suas qualidades e mistérios. Porque essa, é Clarice Lispector. Enigma.

7 de dezembro de 2011

Hoje lendo as cartas que você me escreveu... Cartas velhas, amareladas, mas ainda sim tão recentes quanto uma gota de orvalho desta manhã. Aquelas palavras todas eram mesmo minhas? ou somente tuas para consigo mesmo? Não me vejo impressa ali naquelas letrinhas tão miúdas e falhas. Não me vejo naquele poema de dor.
Com suas cartas entre meus dedos, posso fechar os olhos e ouvir a tua voz lendo cada linha, cada verso torto e amargurado. Mas ainda sim posso sentir a satisfação de cada parágrafo e a sensatez que costurou o envelope selando ali toda uma história. Não sei se é ódio, dor, saudade ou os três. Não sei se estas linhas que leio me são ainda direcionadas, ou se estas folhas de papel são apenas retratos de sentimentos passados (devem ser). 
O fato é que teus escritos ainda estão guardados e sei cada linha que está aqui. Conheço cada traço, cada ironia escondida numa frase simples e cada um dos sentimentos descritos ali... Mentira, confissão, amor, carinho, ódio, dor, saudade... Passado, lembranças e um pouquinho de remorso. Sei, porque talvez tenha sido eu mesma que os escrevi. Não com meus dedos, mas com meus atos... E estes atos, escreveram por mim.

21 de outubro de 2011

Just little patience...



"Um, dois, um, dois, três, quatro

Derramei uma lágrima porque estou sentindo sua falta
Ainda me sinto bem o suficiente para sorrir
Garota, eu penso em você todos os dias agora
Houve um tempo que eu não tinha certeza
Mas você acalmou minha mente
Não há duvida, você está em meu coração agora

Eu disse: mulher, pega leve,
Tudo vai se resolver bem por si mesmo
Tudo que precisamos é de um pouco de paciência
Eu disse: doçura, vá com calma
E vamos ficar bem juntos
Tudo que precisamos é de um pouco de paciência (paciência)

Eu sento aqui nas escadas
Pois eu quero ficar sozinho
Se eu não puder te ter agora, eu esperarei, querida
Às vezes, eu fico tão tenso,
Mas eu não posso acelerar o tempo
Mas você sabe, amor, há mais uma coisa para considerar

Eu disse: mulher, pega leve
As coisas vão ficar bem
Você e eu só temos que ter um pouco de paciência
Eu disse: doçura, não se apresse
Pois as luzes estão brilhando
Você e eu temos aquilo que é necessário para dar certo,

Não fingiremos
Nós nunca romperemos
Pois eu não suportaria

Um pouco de paciência, sim
Precisa de um pouco de paciência, sim
Só um pouco de paciência, sim
Um pouco mais de paciência, sim

Eu estive caminhando nas ruas à noite
Tentando ter certeza disso
(Só um pouco de paciência)
É difícil ver com tantos por perto
Você sabe que eu não gosto de ficar preso na multidão
(Só um pouco de paciência)

E as ruas não mudam, apenas os nomes, baby
Não tenho tempo para joguinhos
(tem que ter um pouco de paciência)
Porque preciso de você, sim,
Sim, mas eu preciso de você
(só precisa de paciência)

Uhh, eu preciso de você (só um pouco de paciência)
Uhh, eu preciso de você (é tudo que você precisa)
Dessa vez"

[Patience- Guns N' Roses ♪]

Essa música nunca me fez tanto sentido. Mesmo que o erro não tenha sido meu. 
Querido, lembra daquela noite em que estávamos sentados no chão do quarto ouvindo músicas antigas e nos deparamos com esta? Você começou a cantar fazendo graça. E disse: Estou aqui me declarando para você e você nem liga... Eu sorri e lhe dei um beijo. Naquele momento nada fazia sentido, mas agora, faz. 
Tenhamos paciência... O tempo cuidará de tudo. Esqueceremos aquele dia. Esqueceremos o ocorrido. Esqueceremos até da dor. E eu lhe prometo que não direi nada a respeito, nem mesmo nas nossas piores brigas. Estou lhe dando esta chance, estou NOS dando uma nova chance. Mas  tenha paciência, porque será difícil. Estou disposta a lhe perdoar, mas não sei se conseguirei. É mais uma desilusão que sofro, não com você, mas com o amor em geral... e sei que o fim é muito pior. Tenha paciência, e espere. O que meu coração disser, será o veredito. E tempo é o que preciso nesse momento.

7 de outubro de 2011

Nostalgicamente falando II

Estou numa fase um tanto nostálgica... Sentindo saudades até do meu cachorro que morreu. Daquele CD de músicas que eu tanto gostava e que hoje nem sei onde está. Saudade da minha São Paulo tão linda, mesmo cinza! Saudade da minha casa onde estão minhas raízes... Saudade de ficar uma tarde inteira deitada na grama observando o céu e dando formas às nuvens! Saudade de observar a Lua em sua infinita beleza e magnitude.
E nessas nostalgicas horas em que passo recordando momentos tão divertidos, relembro a época da infância na qual a única preocupação era brincar e me divertir. Lembro da casinha de boneca improvisada que eu mesma fiz com aqueles retalhos de madeira que a vó não queria mais. Lembro das tardes na frente da TV vendo desenhos animados lindos e realmente feitos pra crianças, e não com a violência que encontramos nesses atuais...
Saudade dos meus queridos amigos que não vejo há muito! E saudade da família que está tão longe...
Tento aproveitar meus dias o máximo possível, embora ultimamente tenha sido tão difícil! Mas é que sei, que quando esses dias atuais passarem, sentirei saudades também.

30 de setembro de 2011

So believe me...


‎"So believe me when I say, you're the one" ♪ [Papa Roach]



Estes últimos dias me passaram tão corridos... um tanto desapercebida passei pelas últimas noites sem que me desse conta do amor que você estava irradiando. Desculpe meu amor, por toda minha correria, meu estresse e até mesmo pelo meu silêncio. Saiba que quando lhe digo o quanto estou feliz ao teu lado e quando lhe digo que o amo, é verdade sim. É bem verdade quando sento contigo debaixo do luar e me ponho a lhe contar sobre meus pensamentos mais íntimos. E saiba que são segredos meus, como um diário secreto de uma adolescente apaixonada que confessa em suas páginas amareladas toda sua ilusão de um amor doce. 
Por isso lhe peço desculpas, caso estas últimas noites me sentei calada ao teu lado... E quietinha como um manso regato me pus a observar a Lua, apoiei-me em teu ombro e adormeci. Não me distanciei de ti, meu amor... Pelo contrário. Estava eu sendo envolvida pelo calor do teu abraço, e adormecida na proteção do teu colo.
Acredite, quando lhe digo que você é o único. Pois em meu coração só há teu nome gravado, e em meu pensamento não há momentos mais perfeitos do que aqueles que temos juntos... 
E se, porventura, sentir um afago qual um abraço meu, guarda em teu peito esta memória... De que pra sempre me terá guardada nestas palavras bem ai nesse peito seu.

24 de setembro de 2011

O Coração da Fênix...

Olá meus queridos Anjos!
Bem... Meu conto extendido estacionou. E eu gostaria de saber se vocês desejam a continuação... Opiniões, por favor? O que estão achando? A história está boa? É muito fantasiosa eu sei, mas o que posso fazer? ideias não podem ser desperdiçadas :]
Não deixem de comentar... Ou ao menos votem na enquete!
Obrigada...

Abraços calorosos,
Laura Ribeiro.

17 de setembro de 2011

Nostalgicamente falando... infância

Sábado a noite, entre uma leitura e outra de anatomia animal, estava eu vendo Hoje é dia de Maria, voltando aos bons tempos da infância, quando me passou pela cabeça este clássico! O Pequeno Príncipe... Tão lindo, inocente e cheio de ensinamentos! Resolvi postar o vídeo aqui, pois, foi uma etapa da minha vida que adoro relembrar! Lembro-me que eu ficava sentada em frente à televisão assistindo os episódios e ficava ansiosa para assistir os próximos. Li o livro tantas vezes que perdi as contas... E todo ano eu o releio, para ver qual o ensinamento tiro desta vez, e a cada ano, uma nova surpresa, uma nova lição.
Lembro-me também do desenho Cavalo de Fogo... Um dos mais lindos.

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
(Saint-Exupery)

13 de setembro de 2011



"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos"
(Caio F. Abreu)

E o que dizer depois de uma frase tão linda como esta?
Nem mesmo o mais lindo poema poderia superá-la... Curta, simples, linda e singelamente tocante. 
É assim que me sinto. É assim que a sinto.
É assim que O sinto, meu amor.




(Só pra constar que eu ODIEI o formato novo do blogger... Quem é blogueiro entende.)

3 de setembro de 2011

Agosto...


Agosto do desgosto...
(a)gosto que não há gosto em nada...
Agosto... Com gosto amargo...
Fel(gosto).

É um mês difícil pra mim, não sei se é superstição ou se é realmente assim! Porque ao mesmo tempo em que os momentos mais lindos tenham se passado nesse último mês, foi nele também que os mais tristes e conturbados ocorreram em sequência...
E agora em setembro parei e analisei os passos dados, e o caminho percorrido até então. Deparei-me com situações tão triste. Pessoas nas quais tinha tanta confiança mas que me desapontaram. Outras que mudaram tanto em alguns poucos dias que eu já nem conheço mais o pouquinho que demorei tanto a conhecer. Magoei-me, decepcionei-me, e acima de tudo, aprendi a ver que na verdade pessoas muitas vezes só estão por perto quando algo lhes convém.


"Não sei. Só sei que foi assim."

22 de agosto de 2011

Versos em flor

Urca - Rio de Janeiro (imagem retirada do Google, é uma pena pois gostaria de ter registrado eu mesma)


De mãos dadas, corações interligados e o pensamento de ambos, em uma mesma sintonia. Dois olhares voltados na mesma direção... E nosso amor, ah, nosso amor sempre tão belo. Andávamos juntos olhando a paisagem e nos perguntando se seria para sempre. Mas querido, não façamos mais tais indagações. Não prometamos mais um futuro juntos, mas sim, aproveitemos o agora, e nos deliciemos com nossas mais lindas lembranças. Pois assim, tenho certeza que lá na frente olharemos estes mesmos momentos e concluiremos que nosso futuro tão esperado é o presente em questão.
Saiba que aquela tarde foi a mais linda... Andar pelas calçadas que muitos poetas andaram um dia procurando seus amores que os inspiraram a compor os mais belos versos românticos. E nós dois caminhando por esse caminho mágico e encantado. Amo-te como o poeta ama seus versos em flor. Amo-te tão sinceramente como tais versos de amor.

12 de agosto de 2011

Como num voo a dois...


Como num parque de ferrugens que guarda lembranças por si só, vejo e revejo estes momentos que tanto me felicitam... Ah, como o adoro! Sim, porque somos tão somente nós... Há uma sintonia que nos envolve, que embala nossas noites tão mágicas e irreais.
Os sonhos contigo são os mais doces, e os dias... ah, os dias são sempre os mais alegres. Até nos desencontros nos encontramos depois de certo tempo. 
"Abraços e brigas.." diz a música e nossa vida a dois também! Reconciliar-nos faz tão parte da gente que às vezes até penso que são nossos desentendimentos que nos mostra o quanto nos completamos.
E como numa noite de luar completo, sinto as estrelas de teus lindos olhos pegarem minha alma no colo e abraçarem meus sonhos no espaço de teu mais belo sorriso!
Como num voo a dois.

Laura Ribeiro

31 de julho de 2011

O peregrino

Era um peregrino que por vezes via passar. Ele caminhava solitário, parecendo sempre matutar. Era um lindo menino de mãos dadas consigo mesmo, tão singelo e triste, tão docemente...só! Ele não me via, tampouco sentia, uma dama a lhe observar... Mas encarava eu o teu olhar saudoso de tempestade, chuvoso de saudade. Ah... que majestoso olhar! Misterioso em tua essência, maldoso em inocência, era assim contraditório como o vai e vém do mar. Na noite sempre via o teu apressado e pensativo caminhar. E parecia que a Lua, todas as noites, ele insistia acompanhar. Em uma noite de Lua cheia em que o céu, estrelado, parecia com o vento brincar, vi o peregrino tristonho e teus olhos pareciam chorar. Era de um vazio tão imenso, tortuoso vê-lo assim!
Meu querido, o que tens? Não fujas de mim...
Entretanto ele não pôde me ouvir, e caminhando a esmo, distanciou-se daqui...
Olhei o céu e a Lua parecia chorar, pois tua luz ofuscava-se e ela estava toda a minguar. Nunca mais, o peregrino vi passar...
Onde estás querido? Por que não voltas a caminhar? A Luz está novamente cheia, ansiosa por lhe ver passar. E meus olhos saudosos por te acompanhar.


~ Ao querido Giordano que está sempre por aqui a ler meus singelos escritos... 
Meu querido, lhe ofereço este texto que escrevi há algum tempo, logo após voar por teus ricos versos. Espero que goste... ^^

Laura Ribeiro

30 de julho de 2011

Fragmentos de Anne Frank

"'O papel tem mais paciência do que as pessoas.' Pensei nesse ditado num daqueles dias em que me sentia meio deprimida e estava em casa, sentada com o queixo apoiado nas mãos, chateada e inquieta, pensando se ficaria ou se sairia. Finalmente fiquei onde estava, matutando."
O Diário de Anne Frank, edição definitiva por Otto H. Frank e Mirjam Pressler

Ontem (29 de julho) terminei esse livro incrível! A história de uma menina de treze anos vivendo em um esconderijo com mais sete pessoas, na época do holocausto, é realmente impressionante, triste, revoltante e ao mesmo tempo lindo. Tirei esse trecho com o qual me identifiquei tanto! Na verdade me identifiquei com tantos trechos, mas não a ponto de marcar as citações, pois são pedaços de um passado meu triste o qual não ouso e não desejo relembrar. Cinzas não viram imagens assim, do nada. 
Escrever era um alívio para Anne, que despejava em seu diário ou em Kitty, como o chamava, todas as suas alegrias e aborrecimentos, todos os seus sentimentos mais íntimos e verdadeiros. Assim como faço em meus poemas, textos aleatórios, contos, versos... Expondo meu eu mais íntimo em metáforas, analogias e às vezes falando de mim mesma como realmente sou. Mas sempre, verdadeiramente. E assim reforcei ainda mais esse hábito de escrever o que penso, amo, odeio, sinto, quero... Sou. 

E para quem ainda não leu, eu recomendo esse livro. É a edição definitiva da editora Record. Boa leitura!

20 de julho de 2011

Eu mesma, poesia

"...Porque é do teu lado que eu me vejo como eu mesma, e não como poesia, analogias e outras metáforas que me personificam, mas não me são próprias. Porque talvez eu seja versos de um poema mal escrito que um poeta desafortunado deixou largado por ai... Porque talvez eu seja versos perdidos, sem sentido, copiados daquele outro poema ruim. E mesmo assim não há poesia ruim, apenas incompreendida. Para ver como sou tudo e ao mesmo tempo coisa alguma... E mesmo assim, alguém."

Laura Ribeiro 

[peço  desculpas, caso tenha repetido a imagem, créditos: Images google]

10 de julho de 2011

Yes, I do ♥

"[...] Não posso te atropelar/Nem te pedir/Pra ficar aí sozinho/Não sei nem como te falar/Que na verdade/Quero ter você comigo/Pra te dar colo e te ver deitado/Na minha cama/E não naquele sofá emprestado/Daria um pedaço do meu medo/Pra saber se você tem coragem/A distância entrelaça os nossos dedos/Pra encurtar a viagem...♪" [Megh Stock - Sofá emprestado]

Quando tudo parecia não fazer mais sentido, quando as flores da primavera pareciam murchar e dar lugar ao sépia outonal e quando a noite era tão fria quanto o que ela sentia dentro de si, um sorriso emergiu da escuridão.
Quando tupo parecia perdido, e seu sentimento mais uma vez calado e sufocado, não correspondido... Surgiu um sinal.
No meio da multidão ele surgiu com seu sorriso doce e habitual. Era a  maneira mais singela de fazer uma surpresa, mas a maneira mais linda de mostrar que sim, ele se importava com ela. Ai então pareceu que as estações voaram e novamente a primavera surgiu. O frio dentro de si desapareceu assim que aquele sorriso lhe disse o que o coração sentia. Sim, ele a amava.
Valeu a pena enfim ter esperado, valeu a pena os desentendimentos e tudo o mais. Ele simplesmente lhe virou e disse: "Descobri que te amo e que não consigo viver mais um dia sem você". Ao passo em que ela sorriu e com os olhos estava a lhe dizer a mesma coisa. Então o pedido veio e ela só conseguia dizer que sim. A noite foi embalada por doces sonhos juvenis e doces... E ao acordar ela olhou para o lado e o viu ali, com o melhor dos sorrisos lhe dizendo bom dia e mais uma vez as palavras que ela não se cansava de ouvir.
E então tudo fez sentido, o amor que floresceu entre os dois era tão lindo... Que bastava apenas sentir.
E foi a vez dela dizer que o amava, e que sim... era com ele que seria feliz.


Laura Ribeiro

6 de julho de 2011

A florista

Era uma menina tristonha de sorriso na cara e flores nas mãos. Vendia sonhos, gargalhadas. Perfumes e abraços. Mas em si, era vazio, lágrimas e frio. E nada mais. 
Um dia sentiu na face algo a lhe queimar, levou as mãos ao rosto e começou a chorar. Nada lhe fazia sentido. Crise de existência? ou apenas... frio? Das meninas de sorrisos bonitos era ela quem tinha as mais belas e singelas flores a oferecer. Todos lhe sorriam de volta e aceitavam seu riso com imenso prazer. no entanto, algo lhe faltava, só não sabia o quê. Fazia tudo certo, então no que ela errava? Tinha o sorriso mais belo, então por que ela chorava? 
Não se sabe. Não se viu. Seu pranto cessou. Seus olhos se fecharam. No outro dia os abriu e o dia recomeçou. Sorrisos, abraços, flores e esperanças...
mas lá no fundo... Frio.

Laura Ribeiro

6 de junho de 2011

sorry...

hoje vim para me desculpar. desculpar-me ao mundo por ser tão insana às vezes, e usar de minha sanidade exatamente quando é necessário usar de minha loucura. desculpar-me por não corresponder às expectativas alheias. desculpar-me por me desculpar. hoje vim não para falar de amores e desilusões porque ultimamente isso já não me inspira tanto mais. e peço desculpas por isso também.
hoje vim para me desculpas àqueles que ainda lêem esse blog na esperança de encontrarem algo novo e que lhes desperte a atenção, lhes aguce os sentidos e o desejo de 'quero mais'. desculpo-me por nunca cumprir com o prometido de continuar uma história. desculpo-me por ter parado de escrever O coração da Fênix. minha imaginação não anda fértil nesses ultimos tempos e por isso me desculpo. ah, e me desculpem por não usar letra maiuscula depois dos pontos. minha escrita ficou assim, espero que me perdoem por isso.
mas querem saber?? todo mundo tem essa fase de erros e desconcertos. talvez seja essa a minha fase desconcertante e errônea... já não prometo postar coisas novas porque não tenho certeza de quando a inspiração me pegará de surpresa novamente. e me desculpem meus amigos por eu não visitá-los em seus cantinhos que tanto admiro. escrava da universidade me tornei. agradeço aos selos que ganhei e peço desculpas por não te-los postado. nem sei se conseguirei, mas agradeço a todos.
despeço-me com estas palavras simples e sincerar. obrigada meus amigos, até um outro dia. voltarei sim, quando a inspiração resolver entrelaçar meus dedos novamente.
abraços...

Laura Ribeiro

8 de maio de 2011

o que fazer?

hoje acordei sem rumo,sem direção. Coisas para se fazer, liguei o piloto automático e simplesmente, fiz todas. Pessoas falavam comigo e eu não as ouvia, mas respondia todas. À noite nada para se fazer e tanto a se completar. o que fazer quando não se quer dizer, o que dizer quando não se quer calar?
o que podemos fazer quando descobrimos que somos uma mentira? um ponto incompleto no nada? o que fazemos quando descobrimos ser apenas um tipo de aventura dos nossos pais, e mais nada? o que fazemos quando somos um bastardo qualquer na vida de um estranho que te olha com espanto... em sonhos, vertigens, ilusões... no nada?
o que fazer quando se quer expor o que se sente, quando o peito explode e ao mesmo tempo se fecha? o que fazer quando nem palavras podem lhe aliviar a dor? o que fazer para se calar uma mente em cansaço supremo?
o que fazer quando você não sabe nem mesmo que é... quando sua história não importa porque na verdade, não é a sua história mas sim a que criaram pra você? o que fazer... quando você é fruto de uma aventura? de uma mentira? de uma dor? de uma despedida? o que fazer...?




Desculpem os erros, a formatação... tudo. Apenas escrevi, só isso, mais nada.
Laura Ribeiro

15 de abril de 2011

O Coração da Fênix - Capítulo III


CAPÍTULO III

Chegando ao centro de pesquisas, localizado na floresta ao lado da faculdade, logo senti uma atmosfera pesada. Os meus colegas de profissão estavam todos assustados e vieram correndo em minha direção contar-me o que de estranho estava acontecendo.
A ave que estavam pesquisando, estava se multiplicando formando um verdadeiro exército, e mesmo quando morta ardia em chamas renascendo das cinzas. Parecido com o caso da Fênix, mas uma ave dessas vive por muito tempo, segundo a mitologia, e sua existência nunca fora provada... Até agora.
O problema é que esse pássaro não se mostrava pacífico quanto a formosa Fênix parecia ser. Ele perseguia qualquer um que se aproximasse de seu ninho que estava dentro de um... Carvalho! A árvore estava localizada bem no centro da floresta, e as aves ficavam ali observando para que nenhum predador as atacasse. Eu queria vê-las de perto para saber como eram na realidade, mas não queriam me deixar ir até o local. Eu não tive medo, nunca temi a morte, pelo menos a rápida. Consegui distrair todos e segui ao centro da mata, onde segundo os pesquisadores estava localizado o ninho da Fênix. Chegando lá, realmente elas estavam em grande número, entretanto, elas não se perturbaram com a minha presença, muito pelo contrário, ficaram voando sobre mim em círculos, e as que permaneceram em seus lugares, soltavam um belo canto. E cada vez mais eu me aproximava do grande carvalho. Até que ouvi um barulho vindo do mato, as aves começaram a voar na minha frente então eu não via nada, todavia, parecia que elas estavam me protegendo de algo. E de repente... Tudo se apagou.

Acordei, com uma leve dor de cabeça e minha visão estava um tanto embaçada. De primeiro plano avistei apenas uma grande mancha alaranjada com alguns toques de vermelho.
Fechei os olhos novamente, e quando abri, quão grande foi o meu espanto ao ver que estava cercada por aquelas aves místicas. Elas estavam todas ali, me rodeando e me observando, como se estivessem ali o tempo todo esperando eu acordar. Ao olhar em volta percebi que não estava mais no centro da floresta ao lado da grande árvore, e sim dentro dela.
Olhei pra cima e apenas consegui identificar um pequeno feixe de luz que lutava em atravessar a densa camada de cascas e folhas do Carvalho que foram arrancadas, talvez por aqueles fortes bicos das estranhas criaturas.
Eu não me recordava muito bem do que de fato acontecera, mas maravilhava-me a cada coisa que via ali, eram todas de uma beleza fora do normal, nunca vira algo tão belo assim, realmente espantoso e fascinante!
Tentei levantar, todavia cai logo em seguida, pois algo me dera uma forte pancada da qual eu ainda não havia me recuperado. Ao olhar por uma fenda que permitia ver o lado de fora da árvore, percebi que já anoitecera, e que outras aves estavam na guarda do grande ninho. Ah! O grande ninho... Muito belo por sinal. Estava dividido em três pequenas áreas que se organizavam em andares.
O primeiro mais baixo era onde ainda estavam os ovos, na segunda os filhotes recém-nascidos recebiam alimentos daquilo que pareciam ser as fêmeas. E no último já estavam bem crescidinhos os pequenos bebês, mas o interessante é que cada um possuía uma coloração diferente, assim como as adultas.
As guardiãs eram avermelhadas com um círculo negro em volta dos olhos, a cauda e as penas debaixo das asas era cor de laranja; já as que estavam cuidando dos bebês eram completamente laranja, com a cauda negra e as asas avermelhadas, em suas cabeças havia uma espécie de coroa de cor amarela. E a maior de todas era a mais magnífica, a mais bela e majestosa de todas as outras.
Ela era negra, com os olhos cor de fogo, em sua cabeça tinha uma crista de penas vermelho-sangue e sua cauda enorme era entre um laranja bem forte e amarelo Sol. Suas asas tinham uma cor que não soube identificar, pois era muito diferente e bela, entre as matizes aproximadas do vermelho para o negro. Fiquei encantada com tudo aquilo.
O que mais me espantou foi quando eu olhei pra mim. Eu estava tão enlevada com tudo aquilo e nem percebi que não estava mais vestida com a mesma roupa anterior ao desmaio. Ao levantar, deparei-me com uma reserva d’água e pude ver meu reflexo... Eu estava em um belo vestido negro, no estilo medieval, e minhas sapatilhas eram vermelhas cor de Rubi. O vestido estava numa combinação com as amarrações vermelhas da cintura e era tão belo que eu não entendia o porquê de estar vestindo-o.
Quando as aves perceberam que eu havia recobrado os sentidos e que estava perfeitamente bem, fizeram algo semelhante a uma saudação, curvando-se, enquanto a grande ave vinha em minha direção. Ao chegar perto de mim, ela retirou de suas penas uma maravilhosa pena cor de fogo e me entregou ao que eu coloquei no bolso que tinha em meu vestido – na verdade um buraco escondido por dentro da saia enorme e rodada. Mas meus presentes ainda não terminaram, vieram duas aves, a primeira trazia uma linda capa para que eu saísse da árvore já que começara o inverno e nevava; a outra trazia uma coroa belíssima em ouro branco, cravejada de diamantes e com uma pedra maravilhosa em Rubi.
Eu não acreditei, mas aquelas aves pensavam e me adoravam como se eu fosse rainha delas. Depois de feita essa cerimônia, todas elas voltaram para seus lugares e eu saí da grande árvore, ainda curiosa para saber o que encontraria no exterior... A curiosidade arrebatava-me de uma forma tão surpreendente que eu não sentia medo algum. Mal sabia que do que estava por vir... Minha vida estava em risco, e eu ingênua nem havia parado pra pensar.


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Primeiramente, gostaria de pedir desculpas pela demora em postar este capítulo. Estava tão perdida e ocupada com a faculdade. Agora é chegada a hora da verdade... Primeira bateria de provas começou essa semana e muito mais está por vir, então estou tentando estudar feito louca. Internet virou algo muito estranho para essa minha vida... Vida social? puff, não existe mais. Está "minimizado" este fator da minha vida... Brincadeiras a parte, enfim o terceiro capítulo...
Tentarei postar o próximo o mais breve possível!!!
- Sugestões, críticas e qualquer outra coisa:
Ou pelo Facebook. :D

Abraço,
Laura Ribeiro.

26 de março de 2011

O Coração da Fênix - Capítulo II

CAPÍTULO II 


Nunca me passara pela cabeça algum tipo de mistério “sobrenatural” desse tipo. E que por incrível coincidência teria algo a ver com o surgimento de uma nova espécie de pássaro. Enquanto estava indo para o local onde descobriram o animal, eu pensava se teria coragem de mostrar aquelas fotos para o reitor da faculdade onde estou me especializando em animais silvestres. Ele poderia me achar uma desequilibrada mental, e as pessoas do meu bairro iriam achar que eu estava possuída por algum tipo de demônio, o pessoal daquela pequena cidadezinha, era muito devoto e para qualquer coisa estranha que vissem achava que era arte do “Demo” – era assim que se dirigiam a ele. “Covil de Satã”, era como chamavam minha casa, apenas por ter ocorrido um assassinato e um suicídio no sótão... Daí surgiram relatos de que à noite aparecia uma criança toda de branco, com cabelos longos, lisos, negros, e um olhar vazio, solitário e frio. Ela ficava sempre olhando pela janela, com os olhos voltados para baixo, e ficava ali parada, com o olhar estático para o Carvalho. Quando cheguei na casa havia um balanço quebrado, disseram-me que era onde aquela pobre criança se balançava com a cabeça baixa e o olhar reto, da mesma forma que ficava na janela. Disseram-me que ela chorava e quando estava perto de amanhecer, entrava na casa e sumia, e logo após se jogava da janela.

Outra história sobre minha casa, é que toda sexta ouvem-se gritos e um estalo de tiro, e logo depois um barulho de vidro quebrado, e durante a noite toda uma pessoa de vestido preto toda ensangüentada fica caída por meio dos cacos de vidro e a janela mantém-se em estilhaços. No outro dia, a janela está perfeitamente bem, mas no chão sempre aparece uma mancha de sangue.
E a origem disso tudo foi uma vez, há muito tempo...

Antes de mim, vivia ali uma família composta de três pessoas, mãe, pai e uma filha. Segundo os antigos moradores, a garotinha era linda, seus olhinhos cor de ébano, sua pele branca e seus cabelos lisos e negros, sempre repartidos ao meio. Uma vez ela viu os pais discutirem e o pai espancou a mãe até a morte, logo depois ele se matou com um tiro na cabeça. Ela desde então, ficava repetindo em sua mente a cena, várias e várias vezes. Uma tia distante, veio cuidar dela, mas a odiava então sempre batia na pobre criança. Um belo dia Lisi (esse era seu nome), sentada em seu balanço no grande carvalho, reparou a fenda que havia em seu interior, então entrou lá e nunca mais saiu. A tia não reparou a sua falta por três dias, mas a vizinhança, reparando que Lisi não ficava mais no seu balanço como todos os dias, viram que a fenda estava completamente fechada e chamaram os bombeiros para abri-la mas não obtiveram sucesso. O carvalho não se deixava cortar, era como se estivesse protegendo algo ou alguém. A tia da menina ficou perturbada quando ao entrar no quarto da garota, viu que todas as bonecas dela haviam sido retalhadas e adquiriram a aparência de um boneco de Vodu, mas apenas uma a preferida da menina não estava na estante, havia desaparecido! A parede do quarto dela de rosa claro passou a ser toda manchada de negro, mas ninguém entendia o porquê...
Até que um belo dia a mulher percebeu um forte cheiro que vinha do sótão. Ela chamou toda vizinhança e eles foram até o local de onde parecia vir aquele forte cheiro de algo podre, ao chegarem lá, todos ficaram espantados ao verem o corpo da menina todo retalhado e sujo de sangue, no pescoço havia uma grande marca roxa, como se ela tivesse sido sugada por algo, e seus olhos tinham sido arrancados, mas não era apenas isso, ela estava com a boneca nas mãos e no lugar dos olhos de sua boneca estavam os olhos dela! Em suas mãos havia cortes de lâmina, como se ela houvesse forçado para marcar algo. Sua roupa que era branca, estava suja de barro e ensanguentada.
Desde esse dia, todos acreditam que a menina se mata pulando a janela, ou então ela fica apenas repassando os últimos instantes de sua vida.
Mas o que mais me intriga, é que quando mudei para cá, a fenda não existia, realmente estava lacrada. O papel da parede estava todo manchado de preto, havia rosas negras secas espalhadas por todos os lados da casa, como se fosse algum tipo de homenagem. Eu nunca ouvi nenhum barulho semelhante ao que diziam por aí, mas também não teria como, pois como estou tendo muito trabalho com essa nova pesquisa e da faculdade também, quando durmo meu sono é muito pesado. Então, não teria como ouvir absolutamente nada.
Tentei distrair meu pensamento que estava apenas voltado para esse boato que se encaixa perfeitamente em todos os relatos e tudo aquilo que vi na árvore. As mãos da menina estavam cortadas por uma lâmina, talvez tivesse sido ela que escreveu tudo aquilo, não em seu estado normal, somente em um estado de plena possessão, já que a garota não saberia escrever tudo aquilo tão bem, pois estava ainda em seu primeiro ano colegial, e depois do desastre em sua família, tinha abandonado os estudos. Então não teria como uma garotinha escrever tudo aquilo que nem mesmo eu consegui decifrar na primeira visão.
Mas também havia a história da mulher de preto que pulava da janela... O que teria ocorrido com ela? Contaram-me que era a tia da garota, que amargurada pela perda da sobrinha, entregara-se ao álcool, e com esse vicio atraíra demônios para si, que obrigaram-na a pular da janela. Entretanto tudo isto não me faz crer nos fatos estranhos, não explica nada, pois é tudo tão sem sentido. Logo eu, tão descrente em coisas do outro mundo, agora tendo de viver dentro de um dos contos de terror mais ridículos que já vi na vida mas que faz todo um sentido se analisado conforme os atuais acontecimentos.
O que mais pode me acontecer?



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O que acham que virá pela frente??
Vocês estão gostando gente? Não tive muito retorno, então não sei o que minha história está provocando por aqui...
Abraços,
Laura Ribeiro.

20 de março de 2011

O Coração da Fênix - Capítulo I

Olá meus queridos... Ando sem ter o que escrever, e sem tempo também. Então, as próximas postagens serão baseadas em um conto que estou escrevendo. Ainda não achei um fim, por isso peço que, comentem, opinem, dêem sugestões para que eu possa melhorá-lo e finalizá-lo. É um conto completamente fictício e um tanto maluco... Mas espero que gostem.


CAPÍTULO I

A vida nunca me foi um problema, pelo menos, nunca tinha percebido que o fosse. Nunca me passou pela cabeça, de que um dia, tudo iria mudar e pra pior.
Tudo aconteceu numa bela manhã de tempestade, os trovões fortes pareciam me dizer: “fique mais um pouco”. Antes tivesse escutado. Mas, insisti em levantar para descobrir de onde vinha um barulho infernal que me acordou. Com os pés descalços, andei lentamente até a cozinha e qual foi a minha surpresa ao ver que, havia deixado a janela aberta e o vento forte insistia em bater. Mas, eu jurava que a fechara na noite anterior... Estranho...
No momento, o que se passava pela minha cabeça era apenas, fecha-la e voltar a dormir. O estranho foi que, ao olhar pela janela vi um belo pássaro sendo atacado por um corvo, o passarinho tentava fugir, mas o seu perseguidor não desistia de atormentá-lo... Enquanto eu assistia aquela estranha cena, assustei-me ao ouvir um terrível barulho vindo do mesmo local daquela briga, perto de onde estavam, havia um antigo carvalho que já por passar dos cem anos de idade perdera as folhas e ficara com um aspecto sombrio, deixando minha casa – que já era vista por toda a vizinhança como assustadora e assombrada por fantasmas – mais horripilante.
Aquele  estranho som vinha de dentro do carvalho, curiosa, fui saber a sua origem. Chegando lá, reparei que uma enorme fenda abrira-se. Era tão imenso, tão profundo que eu consegui entrar e naquela escuridão, senti meu corpo envolto por uma substância que no momento não sabia qual era. Sai de lá e no pequeno feixe de luz que saia de meu quarto, olhei para minhas mãos e me vi encoberta por um líquido viscoso e vermelho... sangue!
Corri para dentro de casa e pude concluir que em minha roupa havia mesmo sangue. Intrigada, apanhei minha lanterna, nem me preocupei em retirar aquele sangue de meu corpo e fui novamente em direção ao carvalho... Por dentro, não havia nada, mesmo eu iluminando com a lanterna, apenas notei que no fundo havia algumas palavras escritas, pelo jeito já havia muito tempo que aquilo estava ali, pois dava pra se notar que havia camadas de casca de todas as vezes que a árvore se renovara. Iluminando aquele espaço com a luz fraca da minha lanterna, li as seguintes palavras: “há muito sangue a ser derramado”, notei que aquela frase repetia-se e as vezes que eu lia minha voz modificava-se, engrossando e ficando tenebrosa, na última frase estava escrito: “sobre o carvalho seco, escrevo essas palavras, até que o dia se torne o coração do mesmo. Numa noite de chuva se eternizará a maldição, a luta entre o corvo e o pássaro , o sangue deste derramado sobre a árvore, despertará o ser que nele vive e na mesma manhã de chuva, a fenda abrirá e dela, o ser sairá! Saiam todos de sangue puro, apenas uma alma poderá salvar a humanidade, aquela cujo coração bate no ritmo da lapidação do diamante negro, e cujo sangue que pingado sobre a mais linda rosa azul, atravessa as suas pétalas e filtrado pelo encanto da bela flor, transforma-se em um doce néctar que...” quando cheguei nessa parte, aonde terminaria aquelas palavras sem sentido, senti um tremor e ao mesmo tempo espanto, o medo tomava conta de mim, tanto era que em meu braço senti o arrepio seguir até minha nuca. No mesmo momento, a minha lanterna falhou. Corri para casa para pegar outra pilha e voltei ao carvalho, chegando no local das palavras vi que nada mais havia escrito, apenas algumas palavras que mesmo ilegíveis, consegui ler: “... e o fogo tomará conta de mim, a decadência de uma paixão, o fogo será meu fim”.
Quando terminei de ler, me passou uma idéia absurda pela cabeça que na hora era a única coisa que eu conseguia pensar, novamente fui até minha casa, peguei minha câmera, e voltei ao carvalho, fotografei todo o interior da árvore inclusive aquele texto que me fez temer e começar a acreditar na lenda urbana que circulava em minha rua. Depois de ter feito aquilo, levei minha máquina até meu quarto, liguei o computador e passei as fotos, gravando em um cd e tirando várias cópias.
Olhei para o relógio, estava na hora de seguir rumo ao trabalho. Naquela semana, eu estava muito atarefada com uma nova pesquisa que surgira. Era algo misterioso também, os cientistas de minha cidade haviam descoberto uma nova espécie de pássaro, ele tinha as asas cor de fogo, em volta do olho era vermelho sangue e o resto do corpo era negro como... o diamante negro! Meu Deus!
Agora tudo se encaixa perfeitamente... o fogo, o sangue e o diamante... mesmo aquelas palavras sendo totalmente diferentes e sendo referidas à alma que salvaria e não a que destruiria o mundo...

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••• E então, o que acharam? Comentem! ou enviem um e-mail para: laura.ske@hotmail.com
O próximo capítulo será postado domingo que vem.
Abraços,
Laura Ribeiro.

12 de março de 2011

Foi-se...

De malas prontas e coração vazio. Ela pegou suas coisas e partiu para o seu futuro brilhante. Tinha tudo para dar certo, então por que sentia um aperto no peito? Não sabia. Em sua mente tão confusa e bagunçada, havia uma única certeza: a de que dessa vez, estaria sozinha. Sozinha, sim. Mudar-se para outra cidade a fim de estudar era mais como um pretexto para acompanhar a si mesma, dentro de seu próprio ser. Deixar para trás todo o passado que tanto a atormentava e que nunca lhe deixava... E agora, estava fugindo outra vez. Mas dessa, seria diferente. Dessa vez tudo mudaria e as velhas recordações se apagariam totalmente de seu coração, porque da mente, já se apagara.
De malas prontas. Coração cheio de velhas lembranças, vazio de presentes momentos. Não se lembrava do que havia feito no dia anterior, mas se lembrava de cada minuto do que já viveu anos atrás... E mesmo assim, seguiu em frente. Então, partiu. Alguns notaram seu adeus, outros fingiram não ouvir para não sofrerem, mas há também, quem ao menos se importou. Ela foi uma dessas últimas. Não se importou com o próprio adeus, porque foi melhor assim. Quem sabe? Apenas pegou as malas e partiu.

7 de março de 2011

Dose de Amor-perfeito

Havia o céu, o mar, o vento, o luar...
Havia teu semblante, teus lábios, teu olhar
Havia teu corpo, ao meu, a se entrelaçar
Havia o teu calor a me aconchegar.

Pela primeira vez me senti assim
Completa, feliz, sem vazio algum em mim.

A Lua lá do alto nos contemplava
O vento corria e nos tocava
Ao mesmo tempo que a melodia do mar nos embalava.

Era nossa cena perfeita
o mar, o céu, a Lua... O chão que fugia a nossos pés
Nada mais importava
Porque era ali que você estava
Com meu coração entre teus dedos
E minutos depois, acalentado rente a teu peito
Oh, doce desejo
Dose de amor-perfeito, com uma pitada de encantamento
Mais um tanto de esperança
Que resulta em meu alento.

Oh doce carícia
Contigo eu me contento
Ainda ouço as melodias
Que vieram com o vento.

Havia o mundo ao nosso redor
Havia uma vida inteira a me esperar
E no entanto nada via ou sentia
Eu apenas queria, no teu embalo deixar me levar...
Não havia mais o mundo
tampouco o inútil existir
Uma vida inteira não me serviria
Pois, sem o teu olhar, não conseguiria sorrir.

"Foi assim que a conheci
Naquele dia junto ao mar
As ondas vinham beijar a praia
O sol brilhava de tanta emoção
Um rosto lindo como o verão
E um beijo aconteceu"

[Hoje A Noite Não Tem Luar - Legião Urbana ♪]

--- Este poema eu fiz no dia 29 de setembro de 2011, na mesma semana em que meu mais doce encanto se realizou. Foi quando finalmente pude ter meu querido comigo... Achei por acaso, vendo aqui as postagens do blog, mas havia ficado apenas como rascunho... Então resolvi postar por achar que deveria, e por querer marcar este escrito tão simplório, mas tão sincero. Foi do âmago de meu ser que estas palavras brotaram e vieram deslizar de meus dedos numa folha de papel. Foi do meu coração que elas puderam resumir-se a: Adoro-te meu Anjo!
É uma pena tal confissão se perder no vago eco da saudade, não?

Laura Ribeiro

6 de março de 2011

Selo Stylish Blogger Award

Olá meus queridos! Estive fora alguns dias por conta da faculdade, essa semana que se passou foi a primeira em que tive de me virar lá no Rio de Janeiro sozinha! É, não foi fácil,rsrs
Fiquei sem internet e tudo. Agora estou em SP novamente por conta do carnaval, e providenciando meu novo PC por lá... Bem, senti muita falta daqui e prometo que até o fim dessa semana visito e comento todos os blogs com posts recentes.
Eu queria voltar com alguma coisa interessante, mas não tinha nada pronto e tal, então dedico este post exclusivamente ao selo que ganhei da Andressa, dona do blog Monólogo das emoções, o selo se chama Stylish Blogger Award e é muito interessante, fiquei feliz em recebê-lo! Obrigada Andressa!
Então, vamos às regras!

-Ao receber o selo deve-se repassar para 15 outros blogs
-Indicar sua postagem para esclarecimentos (como eu fiz agora)
-Comunicar os 15 escolhidos com um comentário em seus blogs
-E incluir no seu post 7 coisas sobre você.
Dedico aos blogs:
http://goticuseternus.blogspot.com/
http://artegrotesca.blogspot.com/
http://un--named.blogspot.com/
http://oficinaterrosa.blogspot.com/
http://blogdopoetamonagatti.blogspot.com/
http://ironico-porem-amargo.blogspot.com/
http://thefullmoonlight.blogspot.com/
http://poesiaescafandrista.blogspot.com/
http://euprefiroassim.blogspot.com/
http://dartlincout.blogspot.com/
http://luciferoscanticos.blogspot.com/
http://poisonedsweetdreams.blogspot.com/
http://gothicpoesia.blogspot.com/
http://sophieandel.blogspot.com/
http://intercon-x.blogspot.com/

7 coisas sobre mim:
- ansiosa ao extremo
- apaixonada por natureza, música e literatura
- humor instável
- comandada pelas fases da Lua
- amante da noite
- romântica/sentimental
- e estou adorando o curso de veterinária (até agora, rsrs)

É isso meus queridos, essa semana tentarei postar algo que escrevi aqui, por hora deixo meus agradecimentos aos que continuaram visitando esse meu espaço tão prezado ( :
Abraços,
Laura Ribeiro.

22 de fevereiro de 2011

Pés descalços

Quebrei os meus desejos
Apostei nos meus defeitos
Calcei meus sapatos e parti...

Passei por estâncias [des]conhecidas
Apreciei todas as vistas
As quais, agora, esqueci.

Numa tarde bela e quente
Em que o Sol era poente,
Com a Lua adormeci.

Tive sonhos esquisitos
De sentimentos fugidios
Os quais nunca senti.

Era parecido com desespero
Ver todo um canteiro
morto - dentro de um jardim.

Sentei-me numa calçada
e na rua abandonada
solitária me senti.

Tirei os meus sapatos
Desfiz os nós dados
em minha pobre alma - e sorri.

Era uma tarde de verão
Dessas em que o coração
Sente-se pronto pra fugir.

Ir pra onde?
Já não sei.
Só sei que devo ir.

E nestas linhas incompletas
Entre declarações secretas
Acabo por me despedir...

Agora de pés descalços
Não dou mais aqueles passos falsos
que outrora fizeram-me cair.

Então com os amigos - de mãos dadas
Sigo por esta estrada
Que espero - e desejo - não ter fim.

Finalmente me encontrei
E a mim mesma perdoei
Pensando que agora hei de ser feliz!

Laura Ribeiro

- E ela se foi com a certeza de não mais voltar... Para aquele mundinho perdido no qual outrora se trancou. Agora ela sorri para o novo mundo que criou.

17 de fevereiro de 2011

Beijo sepulcral

Meu corpo sedento e febril
Esgueira-se neste leito-prisão
Rasteja sobre os lençóis frios
Que arrastam lembranças da solidão
Ainda sinto o gosto amargo de minhas lágrimas
Ainda sinto a dor pulsando em minhas veias
Todo meu corpo dói e flameja
A saudade e a tristeza me saudam
Enquanto a morte vem e me beija...

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- Escrevi isso na terça, quando uma febre me atingiu e um ataque de tosses também. Agora já estou melhor, entretanto ainda estou rouca e cheia de dores. Não sei o que houve, e não houve diagnóstico, pois, sequer fui ao médico. Odeio hospitais.
O fato é que cheguei à conclusão de que minha saúde é como um medidor emocional. Há muito não adoecia devido ao fato de estar radiante e distribuindo sorrisos, no entanto, estes últimos dias me foram difíceis e cheios de confusões sentimentais... Ir para a faculdade, tendo como consequência me mudar para outro estado e deixar minha família aqui, fez com que um abatimento me alcançasse por já sentir saudades, mesmo que eu esteja muitíssimo feliz por realizar um sonho. Problemas amorosos me perseguem e isso é fato, não sei porque ainda insisto. Sabe, o fim não dói tanto afinal... Pelo menos me doeu menos enxergar o fim, do que ter que ir embora justamente quando ele precisa de ajuda... O problema não é eu estar sendo covarde e fugir, mas sim por ele não querer ser ajudado por mim.
O silêncio machuca tanto quanto o seu descaso e suas palavras frias...
Fui obrigada a partir por ainda restar um pouquinho de amor próprio. Talvez egoísmo? Não sei. Só sei que me fui enquanto era tempo. Decidi ir embora enquanto ainda havia apenas boas lembranças, pois, não gostaria de deixar que suas palavras cruéis destruíssem o pouco do afeto que ainda me restou. É tão triste ve-lo se jogar no abismo que existe dentro dele mesmo e não poder pular junto e resgatá-lo da queda, simplesmente por estar já no chão, impossibilitada de voar. Fico por aqui, a febre voltou a queimar-me a fronte e a alma também.
Laura Ribeiro

"Fotografias e algumas memórias vão ter de me ajudar a superar... Oh sim"[A7X - Dear God]
"É melhor esquecer, sei que devo partir / Só me resta dizer Adeus..." [Maysa Monjardim]
 

11 de fevereiro de 2011

Chove...

Imagem repetida, eu sei.
Chove...
Mas não é só lá fora não, na alma dela também. Dentro há tanta confusão, inconstância e uma pitada de dor azeda pela alegria. Há a saudade também. A saudade que vem e rega o seu jardim de flores esquecidas pela lembrança. Em sua alma há flores da desordem e da impaciência que ela insiste em observar todas as vezes em que o Sol vem lhe saudar a nova tarde. E toda vez que a Lua lhe acorda, ela recita versos que não rimam, só para ter a certeza de que ainda resta algo a se fazer.
Diz o velho ditado que "depois da tempestade vem a bonança", mas o seu arco-iris há muito desbotou. O céu emudece toda vez que ela chove, e seu coração lhe grita toda vez que sua voz insiste em se calar. Esqueça doce menina... Esqueça das flores que murcharam, dos passarinhos que se mudaram e da árvore que já secou. Esqueça doce criança, dos brinquedos que se quebraram, do afeto que lhe foi roubado, dos contos que se passaram, da chuva que não mais parou.
No entanto, seus olhos secos não demonstram o amargor de teus lábios entreabertos que esboçam um lindo sorriso. O jardineiro veio lhe contar que as novas sementes germinaram e que mais flores estão a se abrir. Vá correndo linda pequena, sim, vá e veja que lindas flores estão a sorrir! Flores de todas as cores... Esperança, alegria, sonhos, fantasia. Tudo o que o céu negro lhe negou. Então faça teu sol se abrir, enxugue a chuva do teu jardim e lance mais versos ao mar. Porque talvez, só talvez, você ainda consiga rimar.


*** Outro texto que me ocorreu do nada. Acho que na verdade tudo o que escrevemos estava desde muito tempo guardado em nosso âmago, mas só se deixa libertar naqueles momentos propícios para isso. Assim como a chuva que só se deixa cair quando é a hora. Este surgiu em um momento de inconstância, tédio e até um pouco de tristeza. Mudo de humor tão constantemente, que chego a me impressionar. Agora mesmo, o relógio marca 01:32 da manhã e eu aqui sem um pingo de sono, porque a dor não me permite dormir.

Laura Ribeiro