Era um peregrino que por vezes via passar. Ele caminhava solitário, parecendo sempre matutar. Era um lindo menino de mãos dadas consigo mesmo, tão singelo e triste, tão docemente...só! Ele não me via, tampouco sentia, uma dama a lhe observar... Mas encarava eu o teu olhar saudoso de tempestade, chuvoso de saudade. Ah... que majestoso olhar! Misterioso em tua essência, maldoso em inocência, era assim contraditório como o vai e vém do mar. Na noite sempre via o teu apressado e pensativo caminhar. E parecia que a Lua, todas as noites, ele insistia acompanhar. Em uma noite de Lua cheia em que o céu, estrelado, parecia com o vento brincar, vi o peregrino tristonho e teus olhos pareciam chorar. Era de um vazio tão imenso, tortuoso vê-lo assim!
Meu querido, o que tens? Não fujas de mim...
Entretanto ele não pôde me ouvir, e caminhando a esmo, distanciou-se daqui...
Olhei o céu e a Lua parecia chorar, pois tua luz ofuscava-se e ela estava toda a minguar. Nunca mais, o peregrino vi passar...
Onde estás querido? Por que não voltas a caminhar? A Luz está novamente cheia, ansiosa por lhe ver passar. E meus olhos saudosos por te acompanhar.
~ Ao querido Giordano que está sempre por aqui a ler meus singelos escritos...
Meu querido, lhe ofereço este texto que escrevi há algum tempo, logo após voar por teus ricos versos. Espero que goste... ^^
Laura Ribeiro