"Minha mente está cheia e eu estou transbordando" [Ira!]
"Acho que mais me imagino do que sou, ou o que sou não cabe no que consigo ser." [Ferreira Gullar]
"Quem fala em flor não diz tudo. Quem fala em dor diz demais. O poeta se torna mudo sem as palavras reais." [Ferreira Gullar]


- Não importa se é sem sentido, não importa se é sem significado. O importante é que escrevo e assim alivio. Seja bem-vindo ao meu mundo e voe por meus versos! Dê os devidos créditos e assim terá um mundo inteiro de palavras onde viver. Esse é meu mundo e se quiser fazer parte dele é só me seguir...

15 de abril de 2011

O Coração da Fênix - Capítulo III


CAPÍTULO III

Chegando ao centro de pesquisas, localizado na floresta ao lado da faculdade, logo senti uma atmosfera pesada. Os meus colegas de profissão estavam todos assustados e vieram correndo em minha direção contar-me o que de estranho estava acontecendo.
A ave que estavam pesquisando, estava se multiplicando formando um verdadeiro exército, e mesmo quando morta ardia em chamas renascendo das cinzas. Parecido com o caso da Fênix, mas uma ave dessas vive por muito tempo, segundo a mitologia, e sua existência nunca fora provada... Até agora.
O problema é que esse pássaro não se mostrava pacífico quanto a formosa Fênix parecia ser. Ele perseguia qualquer um que se aproximasse de seu ninho que estava dentro de um... Carvalho! A árvore estava localizada bem no centro da floresta, e as aves ficavam ali observando para que nenhum predador as atacasse. Eu queria vê-las de perto para saber como eram na realidade, mas não queriam me deixar ir até o local. Eu não tive medo, nunca temi a morte, pelo menos a rápida. Consegui distrair todos e segui ao centro da mata, onde segundo os pesquisadores estava localizado o ninho da Fênix. Chegando lá, realmente elas estavam em grande número, entretanto, elas não se perturbaram com a minha presença, muito pelo contrário, ficaram voando sobre mim em círculos, e as que permaneceram em seus lugares, soltavam um belo canto. E cada vez mais eu me aproximava do grande carvalho. Até que ouvi um barulho vindo do mato, as aves começaram a voar na minha frente então eu não via nada, todavia, parecia que elas estavam me protegendo de algo. E de repente... Tudo se apagou.

Acordei, com uma leve dor de cabeça e minha visão estava um tanto embaçada. De primeiro plano avistei apenas uma grande mancha alaranjada com alguns toques de vermelho.
Fechei os olhos novamente, e quando abri, quão grande foi o meu espanto ao ver que estava cercada por aquelas aves místicas. Elas estavam todas ali, me rodeando e me observando, como se estivessem ali o tempo todo esperando eu acordar. Ao olhar em volta percebi que não estava mais no centro da floresta ao lado da grande árvore, e sim dentro dela.
Olhei pra cima e apenas consegui identificar um pequeno feixe de luz que lutava em atravessar a densa camada de cascas e folhas do Carvalho que foram arrancadas, talvez por aqueles fortes bicos das estranhas criaturas.
Eu não me recordava muito bem do que de fato acontecera, mas maravilhava-me a cada coisa que via ali, eram todas de uma beleza fora do normal, nunca vira algo tão belo assim, realmente espantoso e fascinante!
Tentei levantar, todavia cai logo em seguida, pois algo me dera uma forte pancada da qual eu ainda não havia me recuperado. Ao olhar por uma fenda que permitia ver o lado de fora da árvore, percebi que já anoitecera, e que outras aves estavam na guarda do grande ninho. Ah! O grande ninho... Muito belo por sinal. Estava dividido em três pequenas áreas que se organizavam em andares.
O primeiro mais baixo era onde ainda estavam os ovos, na segunda os filhotes recém-nascidos recebiam alimentos daquilo que pareciam ser as fêmeas. E no último já estavam bem crescidinhos os pequenos bebês, mas o interessante é que cada um possuía uma coloração diferente, assim como as adultas.
As guardiãs eram avermelhadas com um círculo negro em volta dos olhos, a cauda e as penas debaixo das asas era cor de laranja; já as que estavam cuidando dos bebês eram completamente laranja, com a cauda negra e as asas avermelhadas, em suas cabeças havia uma espécie de coroa de cor amarela. E a maior de todas era a mais magnífica, a mais bela e majestosa de todas as outras.
Ela era negra, com os olhos cor de fogo, em sua cabeça tinha uma crista de penas vermelho-sangue e sua cauda enorme era entre um laranja bem forte e amarelo Sol. Suas asas tinham uma cor que não soube identificar, pois era muito diferente e bela, entre as matizes aproximadas do vermelho para o negro. Fiquei encantada com tudo aquilo.
O que mais me espantou foi quando eu olhei pra mim. Eu estava tão enlevada com tudo aquilo e nem percebi que não estava mais vestida com a mesma roupa anterior ao desmaio. Ao levantar, deparei-me com uma reserva d’água e pude ver meu reflexo... Eu estava em um belo vestido negro, no estilo medieval, e minhas sapatilhas eram vermelhas cor de Rubi. O vestido estava numa combinação com as amarrações vermelhas da cintura e era tão belo que eu não entendia o porquê de estar vestindo-o.
Quando as aves perceberam que eu havia recobrado os sentidos e que estava perfeitamente bem, fizeram algo semelhante a uma saudação, curvando-se, enquanto a grande ave vinha em minha direção. Ao chegar perto de mim, ela retirou de suas penas uma maravilhosa pena cor de fogo e me entregou ao que eu coloquei no bolso que tinha em meu vestido – na verdade um buraco escondido por dentro da saia enorme e rodada. Mas meus presentes ainda não terminaram, vieram duas aves, a primeira trazia uma linda capa para que eu saísse da árvore já que começara o inverno e nevava; a outra trazia uma coroa belíssima em ouro branco, cravejada de diamantes e com uma pedra maravilhosa em Rubi.
Eu não acreditei, mas aquelas aves pensavam e me adoravam como se eu fosse rainha delas. Depois de feita essa cerimônia, todas elas voltaram para seus lugares e eu saí da grande árvore, ainda curiosa para saber o que encontraria no exterior... A curiosidade arrebatava-me de uma forma tão surpreendente que eu não sentia medo algum. Mal sabia que do que estava por vir... Minha vida estava em risco, e eu ingênua nem havia parado pra pensar.


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Primeiramente, gostaria de pedir desculpas pela demora em postar este capítulo. Estava tão perdida e ocupada com a faculdade. Agora é chegada a hora da verdade... Primeira bateria de provas começou essa semana e muito mais está por vir, então estou tentando estudar feito louca. Internet virou algo muito estranho para essa minha vida... Vida social? puff, não existe mais. Está "minimizado" este fator da minha vida... Brincadeiras a parte, enfim o terceiro capítulo...
Tentarei postar o próximo o mais breve possível!!!
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Ou pelo Facebook. :D

Abraço,
Laura Ribeiro.