E assim, continuava a observá-la nos raros momentos em que a via, e ela correspondia-lhe o olhar meio que timidamente, sua face ruborizava sempre que ele a pegava de sopetão, observando-o com tamanha admiração. E ele.. ah! ele continuava a tentar interpretar aqueles movimentos delicados que ela tentava produzir, mas que sempre saiam desajeitados, e ele não se importava com isso pois para ele, ela era o que mais importava, ali na sua frente respondendo um singelo olhar.
Ela amava-o em segredo, e martirizava-se por não conseguir confessar a ele todo um sentimento especial e diferente que ela jamais sentira.
Ele tentava interpretar os gestos que ela fazia, os olhares envergonhados e rápidos, os movimentos com os lábios... os arrepios em seu corpo. Parecia que sabia do sentimento que ela sentia por ele mas, queria ouvir de sua boca e numa hora inesperada selar aquele breve momento com um beijo. Mas ela... tinha medo.
Laura Ribeiro
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