Dias tristes... Como este...

Tem dias que me sinto sozinha, dias em que a tristeza se torna minha melhor amiga, dias em que ela não me abandona...
Tem dias em que sinto meu corpo cair, um buraco se abre a meus pés e surge uma imensa vontade de pular em meio ao nada...

Mas eu volto a mim, largo a tristeza de canto, largo o canto isolado em que me encontro, e vou em direção ao mundo... um lugar estranho a mim, mas que ao menos não me deixa ficar isolada.
Um mundo que me faz isolar sentimentos e angústias, mas não me permite ficar isolada remoendo-os.
Mas há dias como este, em que escrevo coisas estranhas e sem sentido... Dias em que minha maior vontade é de desaparecer, fugir, chorar, gritar, cantar alto até minhas cordas vocais romperem-se, ou prender a respiração até desmaiar... Não sei.
Vontades estranhas, vontades incontroláveis...
Vontade de cortar o fio que ainda me prende a vida, fazer-me passar por uma Parca, talvez, quem sabe, eu poderia tomar o papel da Morta, e cortar o fio? Seria tão mais fácil.
Há dias como este, que tenho vontade de me isolar, falar sozinha, num canto mesmo, sem me importar se vão me chamar de louca ou estabelecerem logo um diagnóstico...
Não sei, apenas há dias em que sinto os problemas e as lembranças ruins do passado voltarem, como se nunca fossem resolvidos, apenas ultrapassados, mas eles sempre voltam... Eles sempre... VOLTAM.

Ainda há fantasmas que me perseguem.
Ainda há dor e feridas em meu peito, que em dias como esse... Volta a sangrar.