Céu de incertezas

Nossa, faz tanto tempo que não venho aqui...

Até esqueci de contar que fui ao show do Epica *--* (foi lindo...) e que vi Alice in Wonderland (foi lindo também, embora esperasse um pouco mais).

Eu andei escrevendo muito mas ainda não tive tempo de postar nada, tampouco de passar para o computador. Os pensamentos que passei para o papel estão ainda rabiscados em meus cadernos de anotações, e são tantos -.-'

Falando de mim...

Como de costume em meus textos românticos menciono um certo Anjo, como se ele ainda existisse aqui dentro de meu peito. E embora ainda exista, estou evitando escrever sobre ele porque um amor amassado pela desistência talvez não tenha como reerguer-se, e eu ao menos espero que ele sobreviva (na verdade seria muito bom se, por fim, conseguisse sepultá-lo). Penso que não vale a pena eternizar um amor assim, tão distante mesmo estando tão perto. É como diz uma frase (não lembro de quem), que diz: "Pra que eternizar um amor do qual não pode vir nenhuma alegria?"... E é isso que estou tentando fazer, não simplesmente enterrá-lo vivo em meu coração, porque seria crueldade despedaçar um sentimento que construi com tanta dedicação e preservei com igual carinho, mas sim, ir deixando que o próprio tempo o desbote de minha alma e faça nascer aqui dentro algo de que eu possa me orgulhar. Ando com a mente tão cheia de coisas fúteis, alimentando sonhos e esperanças vãs, tolas ilusões. Ando remexendo no passado pra ver se algo me sobrou em meio a tantos sentimentos destruídos.

Enquanto estava envolta a todas as desilusões que tive, inclusive aquelas em relação à amigos que partiram, eu não pude enxergar o que estava ali, bem diante de meus olhos cegos pela dor que eu mesma permiti se alojar em mim. Enquanto voava por um céu de incertezas, não me permiti ver que o que realmente preciso é tão óbvio e tão simples, tão claro e tão objetivo.

Eu percebi que de nada vale eternizar qualquer coisa da qual só vieram lágrimas, e que para sorrir só precisamos, simplesmente... Sorrir.

Portanto, para amar, só precisamos simplesmente... Amar.

Assim como dizer Adeus, é somente dizer e partir.

É tão simples e claro, e talvez por isso compliquemos tanto.

Hoje deixo com estas minhas toscas palavras um trecho de uma música que descreve parte do escrevi:

"Lembra quando nós costumávamos olhar o distante pôr-do-sol?
E como você disse: 'Isso nunca vai acabar'
Eu acreditei em cada uma de suas palavras e acho que você também
[...]

Você pegou minha mão e me puxou para perto, tão perto de você
Eu tenho o pressentimento de que você não tem palavras
[...]
Eu me lembro de detalhes que dificilmente você se recordaria
Me diga por que, eu não sei por que isso acabou
Eu lembro de estrelas cadentes, o passeio que fizemos aquela noite
Eu espero que seu desejo tenha se realizado, o meu me traiu


Você soltou a minha mão, e fingiu um sorriso pra mim
Eu tenho o pressentimento de que você não sabe que fazer
Eu olhei dentro dos seus olhos, hesitei por um instante
Por que você está chorando?

Tallulah, é mais fácil viver sozinho do que temer a hora do fim
[...]
Nem ouso te dar oi, ainda engolindo o adeus
[...]
Mas eu sei que os sentimentos ainda estão vivos, ainda estão vivos."
Tallulah - Sonata Arctica ♪

E eu deixarei que o tempo os leve de volta a você, entregue-os em seus braços... Pois, o amor que senti, não pertence mais a mim. Faça bom proveito dele, ou não.